No dia em que é oficialmente inaugurada a Rota dos Vinhos do Dão, faz sentido falar de uma castas que é considerada como das mais nobres castas portuguesas: a Touriga Nacional. E por aqui se inaugura também a rubrica Castas na Língua, para que facilmente fiquem a conhecer os perfis aromáticos e as regiões das diferentes variedades que encontram dentro das vossas garrafas de vinho, esperando facilitar escolhas e aventuras futuras.

A Touriga Nacional é originária do Dão, tendo sido cultivada na região do Douro, para a produção de Vinho do Porto. Dado o seu potencial para produção de vinhos de alta qualidade os produtores do Douro apostaram também na sua produção também nos vinhos tranquilos.

É uma casta tinta de produções médias, plantada a nível nacional e pode ser encontrada a solo ou em blends. A Touriga Nacional tem uma cor e perfil aromático muito intenso, que pode varias entre as notas florais e as notas de frutos pretos. A sua passagem por “madeira” potencía a descoberta de mais aromas assim como a sua natural capacidade de envelhecimento. Tem suscitado curiosidade e boa aceitação internacional.

Na hora de passar da teoria à prática trago-vos três sugestões de diferentes produtores, dois do Dão e um do Douro, para que possam comparar e tirar as vossas notas. Existem naturalmente outras escolhas mas, estas estão nas minhas favoritas.

Julia Kemper – Dão

Quinta de Cidrô – Douro

Quinta da Fonte do Ouro – Dão

Nunca é demais referir que os aromas e sabores variam entre produtores e regiões, ainda que a casta seja a mesma. Aguardo os relatos das vossas descobertas!