Viajar mais e usufruir ao máximo dos prazeres da vida, são resoluções de Ano Novo que cabem na lista da grande maioria das pessoas. Como a primeira semana de 2015 arranca hoje em pleno, nada melhor que vos dar a conhecer uma forma de viajar pelos sabores franceses, sem chatices aeroportuárias e limites de bagagem.

Foi no final do ano passado que em Lisboa, mais propriamente em Campo de Ourique, descobri a La Pétillante, uma garrafeira de produtos exclusivamente franceses onde tive a oportunidade de provar o Beaujolais Nouveau. Este vinho, feito com a casta Gamay, tem a particularidade de estar pronto a ser consumido cerca de dois meses após a vindima. Apesar das grandes movimentações em torno do Beaujolais Nouveau, que é um motivo de festa em França ou nos EUA, por cá passa relativamente despercebido e não é fácil de encontrar. Conhecer o Beaujolais foi uma das primeiras viagens que fiz com Annie Maitrot e Jean-Luc, o casal proprietário que me deu a conhecer algumas das particularidades da garrafeira.

La Pétillante/ O Champagne, foi o nome escolhido para a garrafeira.

O nome já nos faz sorrir e ansiar por momentos felizes, La Pétillante significa dizer, O Champagne/ Espumante o que é meio caminho andado para estabelecer o mote. A única marca de Champagne de renome internacional que ali vamos encontrar é a Laurent-Perrier, uma vez que a grande aposta é dar a conhecer os pequenos produtores das diferentes regiões de Champagne: Côte des Blancs, Vallée de la Marne (onde a casta dominante é a Pinot Meunier), Montagne de Reims e Côte des Bar.

Por falar em particularidades, ali se pode encontrar também o Vin d’O, um vinho que é submergido no Canal da Mancha, na Baie de Morlaix, na Bretanha para ser envelhecido com características muito próprias. Sem dúvida na minha lista de desejos para este ano!

As principais regiões produtoras de vinho francês marcam presença na La Pétillante.

A decoração escolhida tem nota muito positiva e transporta-nos com facilidade pelas regiões e vinhos mais emblemáticos, como os Merlot e Cabernet Sauvignon de Bordeaux onde estão os Saint-Emillion, Margaux, Paulliac, Pomerol, ou na Alsácia com os Riesling e Gewürztraminer, passamos pelos Chardonnay da Borgonha com os Chablis, os Meursault e os Pouilly- Fuissé e mais a sul, para os amantes de Syrah cruzamos o Vallé du Rhone. Para os gulosos, além do vinho doce Sauternes, há uma selecção de iguarias doces e salgadas elaborados de forma artesanal, com base nas receitas tradicionais.

Para mim, que não abdico do vinho como souvenir, a La Pétillante na Rua da Infantaria 16, nr. 89, representa uma preocupação a menos, já que posso relaxar quanto ao estado em que vou recolher a bagagem vinda de Paris…

As castas nobres de cada região francesa