Em quantos vinhos se pode desdobrar a palavra vinho? Em muitos… mas vamos simplificar e falar das três categorias em que os vinhos se inserem.
Os vinhos podem ser considerados Tranquilos, Espumantes e Fortificados e provavelmente os leitores já tiveram contacto com todos eles, mesmo não sabendo que encaixavam numa categoria. É assim que definimos os tipos ou estilos de vinho.
No princípio era a uva e a fermentação… antes do sumo de uva se “transformar” em vinho passa por um processo de fermentação, originado pelas leveduras (microorganismos) que se alimentam do sumo das uvas. Neste processo o acúcar é convertido em álcool e dióxido de carbono, ou seja gás, (as chamadas bolhas). As leveduras morrem quando todo o açúcar é consumido ou o nível de álcool atinge os 15%. Mas até ser vinho há muito mais caminho, a percorrer noutra altura. Para já, importam as noções de de álcool e dióxido de carbono.
Os Vinhos Tranquilos são os que habitualmente servimos à refeição, nas variedades de branco, rosé e tinto, não têm gás e variam entre os 8% e 15 % de álcool. Alguns exemplos nesta garrafa:
São considerados Vinhos Espumantes aqueles em que ficou retido o dióxido de carbono, fruto de uma segunda fermentação. Sim, é aqui que “mora” o Champagne! Não é invulgar uma ideia pré- concebida de que o Espumante tem uma qualidade inferior ao Champagne, o que não tem correspondência com a realidade. Só pode ser considerado Champagne, o vinho espumante produzido naquela região francesa. O Champagne não é um tipo de vinho mas uma marca, bem concebida por sinal e que se soube colocar num patamar de glamour na mente dos consumidores, destacando-se nesta categoria. Em Portugal, a região da Bairrada é a produtora por excelência de vinhos espumantes, com uma elevada qualidade. O espanhol Cava, os italianos Prosecco e Asti e o alemão Sekt também são vinhos espumantes.
Os Vinhos Fortificados têm uma adição de álcool (e.g. aguardente), que interrompe o processo de fermentação, “matando” as leveduras. O seu teor alcoólico varia entre os 15% e os 22% e o grande embaixador de Portugal nesta categoria é o Vinho do Porto e, outro motivo de orgulho nacional, o Vinho da Madeira. Aqui ao lado na vizinha Espanha o Xerez, ou Sherry, também é exemplo deste estilo de vinhos.
Dentro destes estilos podemos falar da cor, da doçura, do corpo e outras características, o que já se está mesmo a ver que é outro motivo para continuarmos a dar à língua.
Notas de Prova